O relógio marcava muito mais do que 5 horas da manhã quando fui vencida pelo sono.
Reflexões sobre que caminho seguir, sobre que mudanças promover, teorias sobre novos e velhos amigos e um irritante galo velho no quintal dos meus pais me mantiveram acordada ao longo da madrugada.
Esses pensamentos sempre se ocupam de mim quando estou em estado de ócio.
Refletir me tirou o sono porque por mais que eu buscasse não conseguia as respostas que tanto meu coração anseava;
Refletir me tirou o sono porque por mais que eu buscasse não conseguia as respostas que tanto meu coração anseava;
O cacarejar estridente do galo me recordou um antigo medo das crenças populares advindas do folclore mineiro sobre mau agouro e coisas afins.
Não sei qual dos dois motivos me manteve mais acordada. O que tenho por certo é que não consegui dormir.
As reflexões me pertubam de tempos em tempos em espaços um tanto quanto largos, os galos, ah os galos sempre me põe medo, trauma de infância não superado.
Praça do Cruzeiro, Turmalina/MG
Sempre que eu preciso refletir sobre alguma questão fundamental para o bom andamento da minha vida me remeto a lembrança deste lugar como fonte de inspiração e serenidade.
O cruzeiro situado no mirante mais belo da cidade sempre me foi uma espécie de refúgio, um lugar especial, um templo de meditação.
Os mares de morro do relevo mineiro num constante movimento de se sobrepor uns aos outros tornando o horizonte ainda mais infinito me permitem criar mil possibilidades para solucionar meus dilemas.
Havia me prometido que ao acordar me dirigiria a este meu templo particular para buscar as respostas que as horas em claro desta madrugada não me trouxeram.
Amanheceu em Turmalina, não conclui a minha via sacra rumo ao meu destino.
Amanheceu em Turmalina, não conclui a minha via sacra rumo ao meu destino.
O sol estava forte quando despertei, a ladeira que me separava deste lugar era longa por demais e a minha determinação não se fez mais imponente do que a minha passividade.
Fiquei frustrada. Resolvi não pensar mais.